Ter uma marca forte não é exclusividade das grandes empresas. O cuidado com a imagem do negócio ou do produto pode tornar sua empresa reconhecida e trazer vantagens competitivas. A marca deve comunicar a promessa da empresa ou do produto, seus diferenciais em relação à concorrência e o que o torna especial e único.
Esses fatores são decisivos no momento de atrair clientes, realizar vendas ou firmar contratos. Ter uma marca que transmita confiança pode permitir até vender por um preço mais alto.
“As pessoas gostam de marcas, exibem com orgulho. Ter uma marca forte deixa o produto mais desejado e ajuda no lançamento de outros, por exemplo, pois com uma marca já reconhecida, os investimentos podem ser menores”, diz Gilberto Strunck, sócio-diretor da DIA Comunicação, agência especializada em branding – construção e gerenciamento de marcas.
Ele diz que em alguns casos, a marca pode valer mais que as coisas materiais de uma empresa, mas, para isso, é necessário que ela tenha uma boa identificação com o público-alvo.
Carlos Dranger, diretor associado da Cauduro Associados, consultoria especializada em branding e design, lista cinco passos para construir uma marca forte, qualquer que seja o ramo de atuação da empresa:
1. Definir estratégia, posicionamento e atributos – a estratégia envolve o registro de crenças, valores e visão de futuro. O que a empresa ou o produto é hoje e o que gostaria de ser, como quer ser percebido. O posicionamento é o resumo da promessa do produto ou do serviço, deve deixar claro o que a empresa faz e quem é o seu público. Os atributos são características que o empreendedor deve listar. Existem os atributos qualificadores, que são obrigatórios para que uma empresa permaneça no mercado, como ética e confiabilidade; e os atributos diferenciais, que permitem se diferenciar da concorrência.
2. Construir ou renovar a marca – use a base definida no primeiro passo para criar alternativas para o design da marca. Fuja dos conceitos “gosto x não gosto” e “bonito x feio”. Avalie o que ela comunica para, então, chegar ao desenho final de marca. Tem que ser original, memorável, atraente e precisa na comunicação dos atributos interessantes para a empresa.
3. Desenvolver identidade – mesmo depois de definida, a marca não pode ser aplicada indiscriminadamente nos materiais da empresa, a identidade verbal e visual precisa ser desenvolvida. Identidade verbal é a mensagem que vai orientar o discurso da empresa, seja no atendimento ou na publicidade. Ela precisa ser organizada, com mensagens-chave para cada público – clientes, funcionários, fornecedores e assim por diante. Já a identidade visual é o carro-chefe da marca. Envolve linguagem, tipografia, cores, estilo, grafismos etc. Ela deve ser exclusiva, a ponto de qualquer pessoa identificar um material da empresa, mesmo que a marca não esteja exposta.
4. Ativar – é o processo de dar vida à marca, fazer sua implantação de maneira planejada. O empreendedor deve começar elaborando uma matriz que coloque o impacto da ativação da marca em relação à dificuldade e o custo. O ideal é começar pelos pontos em que tem mais impacto e visibilidade, como identidade visual de lojas ou rótulos de produtos; ou pelos que são mais fáceis e baratos, como itens de papelaria. Construa um plano de implantação para orientar de maneira adequada e eficiente.
5. Gerir – a gestão vai observar os pontos de contato onde a marca aparece e fazer com que estejam alinhados, comunicando os atributos definidos anteriormente, de maneira uniforme. Isso envolve os veículos da empresa, arquitetura e decoração de loja e materiais digitais. Para que a marca tenha valor, é importante estar no controle avaliando como a comunicação e fazendo ajustes pra que esteja sempre consistente. Seguindo esses passos, é possível construir uma marca clara, marcante e inesquecível.
Fonte: Uol/ Larrisa Coldibeli
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