Fim de ano, 13º salário no bolso e uma lista de presentes de Natal. A tentação de sair comprando por aí é grande, mas os economistas da Serasa Experian alertam que a falta de planejamento e a compra por impulso podem ser duas vilãs da inadimplência. Segundo o Indicador de Educação Financeira (IndEF) 2014, elaborado pelo SerasaConsumidor, em parceria com o IBOPE Inteligência, o grupo entre 16 e 24 anos é o que apresenta a maior taxa de inadimplência, de 35%. Entre os consumidores de 25 e 34 anos, a taxa de inadimplência é de 25%; na faixa entre 35 e 44 anos, 20%; de 45 a 54 anos, 16%; e as pessoas com mais de 55 anos, 21%. Além disso, 41% dos jovens, entre 16 e 24 anos, admitem uma tendência para a compra realizada por impulso, sem pensar nas consequências. Já a satisfação da aquisição instantânea é realidade para 36% desse público, que prefere ter o bem ou o serviço no ato a poupar e planejar o pagamento à vista.
“O entendimento de que o dinheiro deve trabalhar a seu favor e não ao contrário – com o jovem consumidor correndo atrás para sanar dívidas derivadas de compras mal planejadas – é o primeiro passo para a construção de uma nova história financeira”, alerta o superintendente do SerasaConsumidor, Julio Leandro.
De acordo com o IndEF, o brasileiro alcança a nota média 6,0 (0 a 10) em educação financeira. Entre os entrevistados, a menor nota é a dos jovens entre 16 e 17 anos, com média 5,5. Na sequência, vem o grupo de 18 a 24 anos, com 5,8.
A discussão de assuntos relacionados a dinheiro com outros membros da família também prova eficiência na melhora do desempenho econômico de modo geral. O IndEF também mostra que a média de educação financeira sobe para 6,2 quando o tema é debatido em ambiente familiar. “Apesar disso, 56% das pessoas entre 16 e 24 anos acreditam que podem gerir suas finanças pessoais sem apoio”, lembra Leandro. “Mas a nota final desse grupo prova que esse talvez não seja o melhor caminho.
Confira as dicas dos especialistas da Serasa para o jovem consumidor se reeducar financeiramente:
Reconheça que precisa mudar seu comportamento financeiro para ter mais tranquilidade e atingir objetivos maiores
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Envolva a família e discuta o assunto finanças, contando, principalmente, com a experiência dos mais velhos
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Diferencie desejo/impulso de compras verdadeiramente necessárias
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Tenha o controle de quanto ganha e de quanto gasta. Faça planilhas e visualize os resultados
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Aprenda a esperar para ter o que deseja. Planeje a compra com calma e os pés no chão. No final, o prazer da conquista será bem maior e o melhor: sem dívidas
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Cuidado com longos parcelamentos para não comprometer ainda mais a renda. O fim do ano está próximo e, neste período, os gastos aumentam ainda mais;
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Lembre-se da proximidade com o Natal, além dos gastos de início de ano, como IPVA, IPTU, material e matrícula escolar, despesas com viagens etc.;
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Cuidado ao usar o cartão de crédito. Ele dá a falsa sensação de que não está gastando. Verifique na fatura o valor total das compras antigas antes de fazer uma nova dívida com ele. Além disso, o pagamento integral da fatura é a melhor maneira de usar esse meio de consumo. Evite utilizar o pagamento rotativo.
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Caso o consumidor esteja inadimplente, o primeiro passo é buscar a renegociação das dívidas com os credores antes de fazer novas compras. A renegociação deve ser feita diretamente com a empresa, sem precisar contratar intermediários.
Fonte: Serasa
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