Em mercados cada vez mais competitivos, uma excelente maneira de abrir vantagem em relação aos concorrentes é com a criação de novos produtos e serviços que atraiam a atenção dos consumidores e desperte o desejo de compra.
Por isso, muitos analistas e pesquisadores buscam descobrir as razões pelas quais as novas tecnologias são capazes de tirar do mercado companhias bem-sucedidas. Também procuram imaginar estratégias e modelos de negócios inéditos, que permitem a uma empresa a se impor em relação a seus concorrentes. A seguir, algumas considerações sobre os benefícios de se inovar e escolher produtos e processos que fazem de grandes empresas verdadeiros modelos de negócio.
Condições econômicas e culturais que favorecem a inovação
Inovação não é proveniente apenas de novas ideias. Na verdade, está relacionada a processos de adoção e implementação de novos conceitos. Em vez de se deter a diferenças culturais relativas aos desenvolvimentos de produtos e serviços, é preciso concentrar na resistência à inovação.
No Ocidente, a maior resistência é de caráter econômico ou financeiro: as pessoas se recusam a adotar um novo produto ou serviço porque o consideram caro ou demorado. Já no Japão, por exemplo, não há muitos consumidores que se dispõem a serem os primeiros a adotar um novo produto ou serviço: eles resistem a correr o risco de experimentar.
Além de fatores econômicos, sociais ou educacionais, a resistência à inovação pode estar relacionada à falta de infraestrutura. Caso se dê a um agricultor um novo tipo de semente, mas não as instruções sobre como cultivá-las ou explicações sobre requisitos específicos dessa variedade, do que servirá a semente?
Empresas que querem inovar devem levar tudo isso em conta. Além de estudar os processos de criação, devem analisar os processos de adoção e ensinar os potenciais consumidores a usar os produtos e serviços.
Concentre-se no processo de adoção e implementação de novos conceitos
Não existe escassez de novas ideias. Muitas vezes, funcionários propõem soluções interessantes para os problemas, mas não são ouvidos.
Por outro lado, a habilidade para resolver tecnicamente um problema é muito diferente da capacidade de fazer com que os clientes adotem a solução proposta.
Para inovar, o primeiro passo é detectar as demandas potenciais dos consumidores, mas tendo o cuidado de perceber a diferença entre os que as pessoas dizem que querem e o que estão dispostas a fazer para consegui-lo. Empresas que lançam produtos inovadores precisam analisar o uso que os consumidores darão a eles.
Poucas empresas analisam o uso que seus consumidores fazem de seus produtos. Muitas vezes, menos da metade de suas funções é utilizada. Há muitas razões para empresas investirem em produtos que são muito pouco ou mal aproveitados.
Em primeiro lugar, a crença em que é melhor oferecer muitas funções. Segundo, a parte aproveitada não é a mesma para todos os clientes. E, por último, os modelos de negócio não estão alinhados com o processo de inovação.
Empresas precisam alinhar seu modelo de negócio com o modelo de inovação
As empresas inteligentes não apenas se concentram na forma como seus clientes compram seus produtos, mas também em como esses clientes utilizam e obtêm valor com eles. O segredo está em fazer experimentos de negócios para entender de que maneira os clientes alinham mentalmente valor, uso e tempo. Trata-se de averiguar quão rápido os clientes sentem que recuperam o dinheiro gasto no produto ou serviço.
Fonte: sebrae.com.br