Os empresários, que são arrecadadores de impostos, pagadores do meio produtivo, que fazem a circulação de produtos e serviços que satisfazem as necessidades das pessoas, precisam se unir pela redução da carga tributária. Com isso, podem melhorar o bom funcionamento da economia do país, baixar as taxas de juros e atuar pela efetiva aplicação da lei.
Em relação aos impostos, temos o governo com excelente sistema arrecadador de dinheiro, mas com deficiência em fazer chegar todo o montante recolhido exclusivamente a quem de direito. Com uma das maiores cargas tributárias do mundo, ela se contrapõe à falta de infraestrutura, que está sufocando a produção no Brasil. Se compararmos com os principais produtores do mundo, somos deficientes em ferrovias, estradas, portos, aeroportos. Além disso, mesmo com impostos que estão entre os mais altos do mundo, ainda pagamos
pela segurança, saúde e educação, quando queremos tê-las com maior qualidade.
Possuímos leis de primeiro mundo, porém com muitas brechas, como liminares que retardam a aplicação, tornando-as menos justas. Além disso, nosso sistema legal muitas vezes é mais favorável ao criminoso, enquanto a vítima não consegue os mesmos direitos. Por exemplo: em certas situações há melhor remuneração para o preso do que ao aposentado que produziu riquezas.
As leis tratam o empresário com muitos deveres enquanto não existe a mesma proporção aos empregados. O empresário, mesmo sem oferta de trabalhadores, continua pagando impostos para manter o seguro desemprego em tempo de pleno emprego. Em vez de se investir para o retorno ao trabalho, é mantido um sistema para a recontratação com poucas condições de exercer seu verdadeiro
papel, pelo qual deveria se pagar a quem realmente tenha buscado emprego e não teria encontrado depois de realmente ter se interessado pelo novo trabalho. Dessa forma, o Estado paga para reduzir a oferta de trabalhadores, que poderiam estar produzindo mais riquezas e impostos para investir em segurança, saúde, educação e moradia, aumentando dignidade do cidadão.
Com uma carga tributária que chega próxima dos 40% do PIB, investir na produção no Brasil é o mesmo que investir na geração de impostos e benefícios para toda a sociedade brasileira. Dessa forma, podemos afirmar que é extremamente importante investir na inovação, financiar a produção com juros próximos de zero ou até mesmo com taxas negativas como forma de geração de renda para nosso Brasil. Com menos impostos, teremos produtos mais baratos, mais necessidades atendidas para a nossa população.
Enfim, precisamos nos unir para competir no mundo globalizado, onde a produção deve ser o meio de geração de recursos para serem investidos de forma adequada e distribuídos de forma justa ao cidadão brasileiro, permitindo um país cada vez mais desenvolvido e soberano. Convido você empresário e empresária a participar ativamente no Simec para unirmos forças em busca desses objetivos.
Dirceu Francisco Gasparin,
Presidente do Simec